Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes anunciou, sem grandes detalhes, abertura de licitação para construção uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ligando Botafogo à Gávea, com trilhos passando pelas ruas Voluntários da Pátria, Jardim Botânico e Marquês de São Vicente. Na JB, por exemplo, duas das quatro faixas devem ficar restritas aos articulados, deixando só uma via em cada sentido para os carros. Já na Gávea, o VLT operaria em mão dupla, chegando até as proximidades da PUC-Rio e do Planetário. Pelo cronograma divulgado, o início da implantação do sistema ocorrerá no primeiro semestre de 2023, começando a funcionar dois anos depois.
As associações de moradores, que não foram ouvidas sobre um assunto de tal relevância, se surpreenderam com a notícia. Como não conhece o projeto, Heitor Wegmann, presidente da AMAJB, afirma não ter como opinar. O mesmo acontece com o presidente da AMAGávea, René Hasenclever, que não acredita que o VLT vá resolver o problema de trânsito e transporte da região:
– Não sou contra VLTs, mas esse é um sistema de transportes mais para turistas, um serviço complementar. O que resolve é o metrô, transporte de massa, e implantarmos uma rede que se conecte com outra de forma integrada – avalia.
Ao longo do último final de semana, os moradores externaram, em grupos de What’sApp e nas redes sociais, preocupação com o período de obras, fizeram considerações sobre a importância/necessidade/urgência deste meio de transporte em detrimento de outros e como seria a integração dele com os demais. Dúvidas que, ao que parece, não foram debatidas com a sociedade. Uma enquete informal, realizada pelo JB em Folhas em seu Instagram, apontou que 65% dos leitores são contra a implantação do modal no trecho em questão.
A favor
CurtirCurtir