O agility chegou para ficar. O esporte promove exercícios para os cães em forma de circuito, com obstáculos. A novidade já está no Riopet Gávea, que conta com dois horários durante a semana, às segundas e quintas, das 18h30 às 21h. Eduardo Iorio, 29 anos, adestrador há mais de dez anos e fundador da Escola para cães Iório Adestramento, é o responsável pelos treinos no espaço. Dono de quatro cães – dois border collie, um pastor alemão e uma SRD – ele fez uso do agility com seus pets antes de se profissionalizar.
Ele conversou com a equipe do JB sobre o esporte e a sua prática entre os animais.
JB em Folhas – Como surgiu o agility?
Eduardo Iório – A popularização do agility aconteceu nos anos 1980, quando as competições de beleza na Inglaterra – a Crufts – o incluíram no currículo, chegando ao Brasil em 1992. Em 2009, já estava presente na competição Américas y El Caribe e, em 2022, foi o esporte que atraiu mais competidores na Olimpíada Canina, que aconteceu em São Paulo.
JBemF – Como você descobriu o método?
EI – Minha história no agility vem de 2017, quando iniciei o treino com a equipe agility recreativo, participando de eventos e competições com a Nala, uma cadela sem raça definida, que foi campeã de duas etapas do brasileiro em 2018 e segunda colocada no ranking geral, em 2022, além do campeonato carioca. Logo em seguida chegou a Sarabi, um pastor alemão fêmea, que era para ser cão de guarda, mas como era muito medrosa e não se identificou com a função, veio pro agility. Como era sensível, usei o método como forma de encorajar, através do lúdico e o resultado foi muito bom. Na pandemia, chegou a Filó. uma border de coloração blue merle, que com o olhar conquistava todos, ao mesmo tempo em que era meio encrenqueira e não se dava bem com os outros cães. Ela acabou também entrando no treino e ganhou uma qualidade de vida boa. Como onde tem três cabem quatro, adotamos o Boris, um border tricolor, que ainda está em fase de treinamento, mas já garante muitas risadas. pois é enorme e espalhafatoso
JBemF – Qual o objetivo do esporte?
EI – O agility é um esporte que tem como objetivo treinar o cão para competição, mas também pode ser usado para melhorar a comunicação entre o pet e seu tutor, sendo indicado principalmente para cães ansiosos e agitados. Muitos ficam com a energia acumulada e acabam descontando em outras coisas e praticando hábitos nada saudáveis. Muitos psicólogos caninos recomendam o método para esse caso.
JBemF – Quais são os benefícios?
EI – A prática melhora a capacidade respiratória, do sono, aumenta o foco do cão e reduz o estresse.
JBemF – O método é indicado para alguma raça específica ? E qual a quantidade ideal de treino por semana?
EI – Qualquer cachorro pode praticar agility. O treino é dividido em quatro categorias de tamanho: mini, médio, intermediário e large. Só é preciso tomar um cuidado extra com cachorros muito grandes, como o dogue alemão e dobermann, porque eles são pesados e podem sofrer com o impacto dos exercícios. Para a prática, a quantidade de dias vai ser definida depois de uma avaliação individual para entender as necessidades específicas de cada pet. Caso o interesse seja competir, por exemplo, os treinos devem ser mais frequentes. É sempre importante pensar na saúde do animal.
JBemF – Quais os cuidados que os cães devem receber para participar do agility ?
EI – Qualquer atividade com cães deve ser feita em horários mais frescos, até às 10h ou depois das 16h e eles não podem comer antes. Antes de começar o circuito, a gente faz alongamento com os pets para não provocar nenhuma lesão. Outro dado importante é que o treino deve ser um local adequado, não pode ser no piso liso.
RIOPET GÁVEA | AGILITY
RioPet Gávea – Estrada da Gávea, 25
Segunda a sexta, das 7h40 às 20h, a partir de R$120
Segundas e quintas, às 18h30, a partir de R$80
Telefone: (21) 3687-8108 / (21) 3687-8110
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