A edição de carnaval do projeto JB em Folhas e Histórias foi uma festa só. O evento, que aconteceu nesta terça, dia 30, na Fazedoria, marcou um novo momento da casa, que pretende este ano disponibilizar seu espaço para conversas e workshops.
Participaram da roda o pesquisador Carlos Montes, o cantor Pedro Luís, do Monobloco e o iluminador Rogério Emerson, fundador do Suvaco. Carlos começou falando sobre o compositor Aroldo Lobo, autor de “Alalaô” e que criou o Bloco da Bicharada, um dos primeiros do Jardim Botânico, nos anos 1930. As histórias do pesquisador eram marcadas por trechos de músicas de Aroldo, que ele cantava.
Pedro lembrou que o Monobloco começou em São Paulo destacou a importância das oficinas de instrumentos para criar novos músicos e avaliou os blocos da cidade nos dias de hoje.
- Eu lembro de um primeiro ensaio que foi um fracasso de público e outro, que resolvemos bem em cima do laço e fizemos uma divulgação intensa, com diferentes flyers, que lotou o espaço. Ninguém conseguia entrar. E eu só pensava em como eu ia sair – brinca Pedro.
Já Rogério sobre os sambas do Suvaco, de Jards Macalé, Lenine e do quanto eles eram inspirados na crônica social da cidade, inclusive o deste ano, que é um revival de uma composição de 1991, de autoria de Chacal e Nanico, sobre a saúde mental. Quando a plateia perguntou sobre censura, o iluminador lembrou quando Dom Eugênio Salles se opôs ao nome Suvaco do Cristo.
Juntos, Rogério e Pedro avaliaram o momento atual dos blocos na cidade e destacaram o papel de Rita Fernandes à frente do Sebastiana. “A gente passou a ser profissional.
- Os blocos Suvaco e Simpatia começaram esta história de bloco de rua e hoje o trabalho da Rita Fernandes à frente da Liga Sebastiana é fundamental na profissionalização dos blocos e no trato com a Prefeitura, que ajudou a organizar. – comentou Pedro, seguido por Rogério que acrescentou: “Hoje o turista já chega na cidade sabendo quais os blocos ele pode curtir.
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