Na unidade da Drogarias Pacheco no Jardim Botânico, há uma caixa para o descarte de medicamentos, embalagens e bulas. Quem vê pode até não entender a importância desse ato, já que é mais comum jogar esses itens no lixo comum. Porém, o descarte incorreto de remédios pode contaminar o solo, a água, os animais, outras pessoas e até possibilitar o surgimento de bactérias mais resistentes aos medicamentos.
Essa contaminação pode ocorrer tanto quando o medicamento é jogado no vaso sanitário, como ao ser descartado no lixo comum, com outros resíduos. No primeiro caso, as unidades de tratamento de água não são equipadas para tratar os componentes dos medicamentos, que acabam voltando para o contato com outras pessoas. No segundo, os medicamentos podem se diluir e contaminar lençóis freáticos e o solo. Para que isso não aconteça, eles devem ser recolhidos para serem incinerados por profissionais capacitados para lidar com resíduos químicos.
Pensando em solucionar o problema do descarte incorreto de medicamentos, foi sancionada a lei que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. Uma das exigências é que empresas de diversos ramos implementassem o sistema de logística reversa. Esse sistema, instituído oficialmente em 2020, com o Decreto Nº 10.388, garante que o consumidor possa entregar para a empresa os resíduos do produto consumido para que ele seja descartado de forma correta. É esse sistema que farmácias como a Drogarias Pacheco adotam para garantir que os remédios vencidos e suas embalagens não apresentem riscos à natureza ou a nossa saúde.
A rede Pacheco é controlada pelo Grupo DPSP, que também controla a rede Drogaria São Paulo. O Grupo começou a realizar a logística reversa antes mesmo do Decreto de 2020 e, hoje, todas as unidades já trabalham com esse sistema. Desde o início da iniciativa, cerca de cinco toneladas de remédios vencidos ou em desuso já foram recolhidas e descartadas de maneira correta.
A Drogaria Raia também faz a coleta de medicamentos em suas unidades do Jardim Botânico, Humaitá e Gávea. Neste último, é possível levar os produtos não utilizados também para a farmácia de manipulação Alq, perto da PUC.
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