Muito provavelmente você nunca pensou em pobreza menstrual, mas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 12% da população mundial feminina e trans não tem acesso a produtos de higiene para esses períodos. No Brasil, esse número chega a 25%. O problema é responsável pelo baixo desempenho escolar e reforça a desigualdade de gênero, representando uma questão de direitos humanos e de saúde pública, uma vez que a utilização de meios improvisados para contenção do fluxo menstrual pode causar danos à saúde de mulheres e de pessoas trans. Sem acesso a absorventes higiênicos de qualquer tipo, elas usam papel higiênico, pano de chão, papelão, miolo de pão, entre outras coisas, a fim de conter a menstruação. Tais práticas afetam a autoestima e afastam essas pessoas de suas atividades do dia a dia, além de contribuírem para o aparecimento de doenças e infecções.
O grupo Elas por Todes foi criado com o objetivo de mudar essa realidade, minimizando o impacto da pobreza menstrual na vida de mulheres e trans. A rede confecciona e distribui absorventes ecológicos e reutilizáveis e, para isso, os voluntários estão sempre precisando de matéria-prima: tecidos de algodão para a parte de fora, ritas (botões de pressão de plástico) e, principalmente, o tecido da parte de dentro, que fica em contato com a pele e que precisa ser absorvente, como atolhado e moletinho. Os retalhos devem ter, no mínimo, 10 cm. De quebra, a iniciativa ajuda a preservar o meio ambiente, graças à redução do impacto ambiental gerado pelos absorventes descartáveis e resíduos da indústria têxtil.
Para ajudar, é só mandar uma mensagem para o perfil @elas_por_todes, no Instagram. No caso de doações de matéria-prima, o grupo combinará a retirada no local que o doador indicar.
Obrigada pela notícia. Ótima iniciativa. Vou ajudar e convocar. Um beijo, garotas do bem.
Que bom, toda a ajuda é importante!