7 de outubro de 2020
FUNDAÇÃO LAÇO ROSA

Falar sobre câncer de mama – do diagnóstico às perdas de cabelo e da autoestima – é fundamental e faz toda a diferença na luta contra a doença. Tanto é assim que o mundo inteiro se veste de rosa em outubro! A história desse movimento começou nos Estados Unidos, na década de 1990. A ideia pegou, e a campanha Outubro Rosa segue cada dia mais forte e relevante, contando com o apoio cada vez maior de marcas e entidades. Uma delas é a Fundação Laço Rosa, que desde 2011 promove a iluminação do Cristo Redentor, marcando o início da campanha no Brasil.

Criada há nove anos, a fundação que traz o símbolo internacional da luta contra o câncer de mama no nome é presidida por Marcelle Medeiros. A instituição surgiu após o diagnóstico da irmã mais nova de Marcelle, Aline Lopes, com o objetivo de ajudar as pacientes a lidar com a descoberta da doença e seus efeitos físicos e psíquicos.

A perda do pai e de suas duas irmãs para a doença, além do diagnóstico do marido, fortaleceram Marcelle e sua luta. Sua não, mas a de milhares de outras mulheres e suas famílias, uma vez que 60 mil casos são diagnosticados, por ano, no Brasil, sendo 8 mil no estado do Rio de Janeiro, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).  Ao longo desse período, a Fundação Laço Rosa criou o primeiro banco de perucas on-line – que já doou mais de oito mil perucas em todo o Brasil, mas está suspenso, temporariamente, em decorrência da epidemia de coronavírus – e tornou-se um portal de referência de conteúdo seguro e assertivo para orientar e apoiar pacientes e seus familiares. O trabalho vai além da autoestima. Além de abraçar e acolher, a FLR briga pelos direitos quem está doente, trabalhando para dar voz àquelas que não conseguem acesso a tratamento, medicação e exames adequados. Sem falar no apoio à recolocação profissional daquelas que se curaram, demonstrando – a elas e às empresas – que essas pessoas desenvolvem habilidades muito requisitadas no mercado de trabalho: paciência, resiliência e adaptabilidade.

Marcelle Medeiros, presidente da Fundação Laço Rosa

Este ano, a Fundação vem chamando a atenção para a importância do monitoramento e continuidade de tratamentos mesmo durante a pandemia. Marcelle lembra que muitas ações da FLR já eram digitais e que foi preciso apenas acelerar alguns processos para continuar trabalhando diante do isolamento social: “O câncer de mama é a doença que mais acomete as mulheres e não faz quarentena”, observa a ativista social.

A Fundação Laço Rosa trabalha em várias frentes, como o programa Força na Peruca, de capacitação profissional e geração de renda em perucaria para moradores de áreas de vulnerabilidade social; participa da Frente Estadual de Combate do Câncer de Mama (RJ), ao lado de mais de dez organizações apartidárias; além de promover fóruns, encontros, palestras e workshops diversos. Há inúmeras maneiras de contribuir com a FLR: doação de cabelo ou financeira; apoio e divulgação de ações promovidas pela Fundação; ou atuando como voluntário.

Neste Outubro Rosa, além da iluminação especial do Cristo Redentor, a Fundação Laço Rosa lançou a campanha #DoarSalva, que tem como madrinha a apresentadora Ana Furtado. É possível doar valores a partir de R$ 10,00 por mês, que podem representar um batom, uma mamografia, um curso de qualificação ou simplesmente ser destinado para influenciar políticas públicas de saúde, como a lei que garante o direito ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde até 60 dias depois a partir do diagnóstico, promulgada em 2012.  

Ana Furtado entre a vice-presidente da FLR, Daniela Oscar Branco, e Marcelle

– Nunca antes na história do Brasil tivemos tantas doações financeiras ajudando as pontas mais vulneráveis. Esse é um movimento que não tem mais volta. Doar precisa estar na cultura da população porque vimos que #doarsalva – observa a presidente da Fundação.

Ao longo do mês, a instituição realizará lives em seu canal do YouTube, sempre às terças e quintas a partir das 17h, abordando temas como sexualidade, fertilidade e voltados para públicos específicos: mulheres negras, LGBT e jovem. O destaque vai, justamente, para o game show solidário Extra Life, que contará com a participação de youtubers e gamers, no dia 10/10 às 16h, para arrecadar recursos para a causa do câncer de mama. Confira a programação completa no site da Fundação.

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