27 de março de 2025
INSÔNIA E BURNOUT: FIQUE LIGADOS NOS SINTOMAS

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e afeta cerca de 73 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira do Sono. Caracterizada pela dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar antes do horário desejado, a condição pode gerar impactos significativos na saúde física e mental, como fadiga, irritabilidade e menor desempenho cognitivo. De acordo com a Fiocruz, 72% da população relata algum problema relacionado ao sono, o que destaca a importância de buscar estratégias para melhorar a qualidade do descanso.

Especialistas recomendam a adoção de hábitos saudáveis para combater a insônia, como estabelecer horários regulares para dormir e acordar, evitar o uso de telas antes de deitar e reduzir o consumo de cafeína e álcool à noite. Em casos mais severos, pode ser necessário acompanhamento médico para avaliar a necessidade de tratamentos específicos. O psiquiatra Dr. Marco Aurélio Soares Jorge, da Mental Rio, ressalta a importância de procurar ajuda profissional: “A ideia é entender o que pode estar afetando seu sono e encontrar a melhor abordagem para cada caso.”

A síndrome de Burnout é outro transtorno psicológico, causado pelo estresse excessivo relacionado ao trabalho, que está muito presente entre os brasileiros. Para os psiquiatras, a pandemia e o trabalho remoto ajudaram a intensificar esse quadro. 

“As pessoas começaram a misturar o trabalho com a vida pessoal. O horário de descanso desapareceu e, com isso, o nível de exigência e a sobrecarga aumentaram”, observa o médico. Ele conta ainda que muitas empresas, ao reduzir o número de colaboradores, sobrecarregaram os funcionários, que passaram a acumular funções e responsabilidades.

No Brasil, a situação é alarmante. De acordo com dados da International Stress Management Association (ISMA), o país ocupa o segundo lugar mundial em diagnósticos de Burnout, ficando atrás apenas do Japão, onde 70% da população é afetada. A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT) corrobora, indicando que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome

A psicoterapia e, em alguns casos, a medicação, podem ajudar a aliviar os sintomas e trazer clareza para enfrentar os desafios”, diz Dr. Marco Aurélio. Além disso, ele destaca a importância de identificar ambientes de trabalho tóxicos e buscar alternativas mais saudáveis, como uma mudança de local de trabalho ou a utilização de recursos dentro da própria empresa, como ouvidorias ou setores de compliance.

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