18 de novembro de 2021
MÍDIA SUSTENTÁVEL E PLURAL

Informação é a arma do milênio. Entrando em seu 15º ano, a revista Plurale segue com seu projeto original, voltado para temas cada vez mais urgentes, como meio ambiente, Terceiro Setor e justiça social. Em busca de um mundo ideal, o projeto da jornalista Sônia Araripe acumula prêmios e certificações tanto na área de comunicação, como em sustentabilidade. O último foi em setembro, quando a editora recebeu a Medalha Chiquinha Gonzaga, por indicação do vereador Alexandre Arraes, morador do Jardim Botânico, por seu trabalho em defesa do meio ambiente e de mulheres do município do Rio de Janeiro. Além da revista impressa trimestral, tem também o site, com atualização diária de notícias, artigos, estudos e notas sobre cidadania, consumo ético e sustentável. Ao longo destes 14 anos, o veículo construiu sua reputação com credibilidade, atuando e participando de várias redes fortes, como Conservação da Natureza; Voluntários; Mares Limpos; Relações com Investidores; Governança; ONU; Mulheres pela Sustentabilidade. Conheça mais sobre essa história na entrevista com a editora de Plurale Sônia Araripe.

Sônia exibe a Medalha Chiquinha Gonzaga

JB em Folhas: Como surgiu a ideia de criar a revista Plurale?

Sônia Araripe: A trajetória da equipe sempre foi de grande mídia, mas percebemos que já não havia tantas opções e que voltar para redação seria como viver o mesmo. Eu fui de várias mídias – Jornal do Commércio, O Dia, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Revista Forbes – sempre em Economia. Era especializada em Bolsa de Valores/empresas/mercado financeiro. Trabalhei também em Assessoria de Imprensa por duas vezes. Ao final de uma delas, decidi buscar um novo rumo profissional. Foi assim que surgiu Plurale, já como revista impressa [com edição digital gratuita] e site, uma mídia complementando a outra. São 14 anos de uma experiência incrível produzindo conteúdo e procurando somar neste diálogo sobre a mudança para a economia de baixo carbono, de um mundo mais sustentável, como todos sonhamos.

JBF: Qual é o tamanho da equipe e suas atribuições?

SA: A equipe é enxuta, formada desde o começo por Luciana Tancredo, Nícia Ribas, Isabel Capaverde, Maurette Brandt, Felipe Araripe e Isabela Araripe. E temos também colaboradores eventuais que vão se somando a cada edição, como as jornalistas Maria Helena Malta, Viviane Faver e Paula Martinelli (dos EUA), Luciana Bezerra e Ana Carolina Maia ( da Amazônia ), Hélio Rocha e Maria Augusta de Carvalho (de Minas Gerais) e tantos outros. A revista é trimestral e tem uma pegada muito forte visual/design. Luciana, editora de fotografia da revista, sempre nos traz um olhar especial para temas relevantes. A capa desta novíssima edição 76 é um exemplo. Pensamos em um ensaio sobre o “novo novo”, o pós pandemia, já que de “normal” não tem nada. O ensaio estava quase pronto, quando Luciana viu este pica-pau-dourado em seu sítio, na região serrana do Rio de Janeiro. Aquelas coincidências incríveis! Acabara de ser anunciado, nos Estados Unidos, que outra espécie de pica-pau – a que originou o desenho icônico – estava sendo declarada uma espécie extinta. E o pica-pau brasileiro ali juntinho dela… Virou estrela, a capa da edição! O designer Amaro Prado Júnior nos ajuda a refletir sobre o design de cada edição.

As editoras Sônia Araripe e Luciana Tancredo em campo

JBF: Qual foi a matéria da revista de maior repercussão?

SA: Em 14 anos, foram muitos temas, abordagens e coberturas. Algumas matérias marcaram a história de Plurale. Duas das edições mais impactantes foram sobre as tragédias de Mariana e de Brumadinho, ocorridas em Minas Gerais. Trazendo para a realidade do Rio de Janeiro, teve muito impacto a matéria sobre a maior utilização de bicicletas. Foi um especial premiado.

JBF: Quais são as maiores dificuldades para manter a publicação?

SA: A Plurale é independente, e, a cada edição, precisamos buscar anunciantes para viabilizá-la. Tivemos a sorte de termos uma trajetória longa no jornalismo. Éramos nomes já conhecidos e tínhamos a proposta de contar grandes histórias de transformação pela sustentabilidade, que podem ser de empresas, ONGs ou pessoas. Viajamos muito pelo Brasil e pelo exterior. Isso ajudou a consolidar a revista e o site. Conquistamos parceiros, anunciantes. E os leitores têm sido decisivos! A opção de agir em rede com outras mídias, compartilhando conteúdo, mostrou-se uma boa solução. Somos complementares e não concorrentes. Cada um na sua trilha, somando por um propósito maior.

JBF: Quais são os principais parceiros da Plurale?

SA: Conseguimos criar uma Rede Plurale ao longo destes 14 anos, incluindo colunistas colaboradores, parceiros anunciantes e leitores fiéis. Também contamos com associações e entidades de classe que nos apoiam em eventos e ações, como a Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), a Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas),o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), o Ibef Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) e muitos outros. O portal e as mídias sociais também são aliados importantíssimos. São notícias diárias, artigos, vídeos, agendas… Isso se soma ao conteúdo mais reflexivo da revista impressa. Os recursos de mídia hoje são infinitos.

JBF: Qual é a maior contribuição da Plurale para a sociedade?

SA: Acredito que nossa maior contribuição seja demonstrar a força e a importância da atuação em rede, multiplicando o conteúdo e o alcance de ideias e iniciativas de parceiros, ongs e institutos. No dia a dia, somos cidadãos e fazemos nossa parte, contribuindo com os princípios fundamentais para uma vida sustentável em sociedade, baseada nos três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. Separamos o lixo, evitamos desperdícios, acreditamos em consumo consciente e participamos de diversas iniciativas, como voluntários, em limpeza de praias, leitura para crianças e doações de alimentos.

Reprodução da capa da edição 76 da revista

*Por Betina Dowsley

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