O Museu Histórico da Cidade, no Parque da Cidade, acaba de completar 90 anos, em 2024.  As comemorações começaram na primeira semana de junho com o lançamento de uma nova fase do projeto “Aqui Tem Memória”, que, a partir de agora, vai contar com áudios narrativos em algumas obras do acervo que reúne tesouros históricos e culturais do Rio de Janeiro. As primeiras peças a receber este recurso foram a estátua em gesso de São Sebastião, de Francisco Manuel Chaves Pinheiro,  o estudo para a cabeça do Cristo Redentor, de Paul Landowski e a réplica do Marco Fundamental da Cidade. 

Os áudios narrativos – que propõem uma experiência imersiva pela história dos objetos do acervo – estão disponíveis a todos os visitantes do Museu Histórico da Cidade, mas também podem ser ouvidos no site do Rio Memórias.

Criado em 1934 durante a gestão do prefeito Pedro Ernesto, o MHC ocupou, inicialmente, o Palácio da Prefeitura (no Campo de Santana) e chegou a ser instalado em uma escola na Praça Cardeal Arcoverde (Copacabana). Somente em 1948 é que a instituição foi transferida definitivamente para o Parque da Cidade, no palacete que já foi propriedade do Marquês de São Vicente, do Conde de Santa Marinha e do empresário Guilherme Guinle.

O casarão já foi palco de importantes festas da alta sociedade carioca e recebeu inúmeras figuras ilustres, como o imperador D. Pedro II. Atualmente, abriga a exposição de longa duração do MHC. De aquarelas e desenhos de um Rio “desaparecido”, até fotografias que retratam as transformações urbanas do século XX, o acervo da instituição possui cerca de 24 mil peças que contam a história da cidade desde a sua fundação.

Fechado durante 10 anos, o Museu foi reaberto em maio de 2021, com uma programação cultural diversificado que ajudou a ocupar o espaço. Entre as atrações, destaca-se os shows dominicais do compositor Pedro Miranda, que lotou o pátio externo do museu e recebeu convidados por quase dois anos. Além disso, o MHC passou a contar com espetáculos para crianças – sempre de forma gratuita – e exposições temporárias no sobrado anexo ao palacete principal, como “Mancha de dendê não sai”, em homenagem ao músico baiano Moraes Moreira (2023). “Clube – Pavilhão 3”, do artista plástico Maxwell Alexandre fica em cartaz até 23 de junho.

Museu Histórico da Cidade: Estrada Santa Marinha s/nº
Acesso pelo final da Rua Marquês de São Vicente – Gávea
Contato: 3443-6341 / 97532-4428 / mhcrj.culturario@gmail.com
Funcionamento: de quinta a dom, das 9h às 16h
Visitação de acordo com os protocolos estabelecidos pela Prefeitura do Rio, incluindo comprovante de vacinação e máscara.
Grátis.