Dezembro é sempre um mês especial para a equipe do Tênis na Lagoa. Este ano, além da tradicional festa de Natal, o projeto prepara-se para enviar dois de seus atletas para Portugal, onde disputarão de dois a cinco campeonatos em um mês e meio. O Tênis na Lagoa foi criado há 17 anos por Alexandre Borges e ocupa as quadras de tênis em frente ao Clube Monte Líbano, de segunda a sexta, atualmente das 13h às 17h. O objetivo do professor de educação física é ensinar o esporte e promover a inclusão social de crianças de baixa renda.
– Esse é meu projeto de vida particular, que visa a dar oportunidade àqueles que não têm condições de frequentar clubes. Além da experiência de disputar campeonatos internacionais, a viagem a Portugal dará uma oportunidade a esses garotos de conhecerem a cultura de outro país e mostrar a eles aonde o esporte pode levá-los – explica ele, que mantém a iniciativa com aulas particulares e doações de material.
Este ano, o Tênis na Lagoa está reunindo 160 alunos, na faixa de 4 a 18 anos. A maioria dos participantes mora em comunidades, mas o projeto também aceita alunos de outras classes, a fim de promover uma integração social. Os atletas selecionados para viajar para Portugal têm 14 anos, começaram a praticar o esporte aos sete e vêm se destacado no circuito nacional. Antônio Vitor, o Vitinho, é filho de um porteiro de um prédio em Ipanema e Carlos Henrique, o Chapolin, mora com a avó e uma tia na Cruzada São Sebastião.
Para ajudar com as despesas da viagem dos dois, foi criada uma vaquinha virtual. Já para a festa de Natal do projeto, marcada para o dia 11 de dezembro, o professor espera contar, mais uma vez, com a solidariedade de pais e amigos para apadrinhar as crianças e atender a seus pedidos. Para participar, basta enviar um e-mail para tenislagoarj@gmail.com, escolher uma carta e enviar o presente dez dias antes da festa, junto com um cartão para o “afilhado”.
O projeto Tênis na Lagoa é movido pela satisfação diária de ver seus alunos transformando-se em campeões na vida: “Além de ensinar a ganhar e perder, cobro deles o compromisso de serem pontuais, respeitarem o próximo e o professor. Assim, eles crescem como pessoas”, acredita Alexandre.
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