Desde pequena, Marisa Pazos tem um caso de amor com os pets. E ele seguiu pela vida adulta, quando escolheu fazer veterinária na Universidade Federal Fluminense (UFF) há 23 anos, com especialização em clínica geral. Na verdade, o gosto pelos bichos está no DNA da família. “Meus pais, antes de terem filhos, já tinham cachorros e gatos, cresci com eles, foram minha primeira paixão”, lembra a profissional. Ela divide seu tempo entre a casa, o marido, as duas filhas e os peludos Holly, Nutella, e Remy, respectivamente um West Highland White Terrier e dois Spitz Alemão, que cercam a dona pela manhã e à noite, em busca de carinho…
Nutella, Holly e Remy, os pets da veterinária
Quis o destino (ou São Francisco de Assis) que o Jardim Botânico fosse a base da carreira de Marisa. Quando se formou, ela foi trabalhar na extinta pet shop “Melhor Amigo” , que ficava na via principal do bairro e, antes, foi plantonista em outra clínica na Lopes Quintas. Foi em 2013 que ela abriu seu primeiro consultório, o Petit Ami, em sociedade com o veterinário Fernando Vieira. Tudo ia bem até que o temporal de 2019 alagou o espaço, provocando o fechamento da clínica. A partir daí, Marisa resolveu investir no atendimento em domicílio. “Eu já tinha uma clientela formada aqui na região e hoje prefiro assim, embora tenha um posto avançado no bairro para consultas rápidas”, explica.
Segundo ela, o atendimento em casa rende mais. “Os cachorros ficam mais à vontade e consigo notar um resultado melhor, porque eles ficam mais relaxados do que no consultório. Quando eles estão fora do habitat, é difícil dizer, por exemplo, se o tremor é dor, medo ou nervosismo”.
Quando tem algum caso mais grave, que precise de internação, a veterinária conta com a parceria da clínica e a AllVet, recém aberta no Jockey Club. Lidar com casos graves é a pior parte do trabalho, na opinião de Marisa. “Perder vidas sempre é muito difícil, pois sempre acabo criando um elo muito forte com eles. Há momentos em que preciso fazer eutanásia e, mesmo tendo consciência de que é o melhor caminho, fico com o coração pesado”, lamenta a veterinária.
Marisa tem consciência do quanto o mercado cresceu e vem se multiplicando, principalmente com a pandemia, quando muita gente buscou um pet para chamar de seu. Ela que adotou seus três pets já adultos em canis, aproveita para explicar a importância de saber a origem do cachorro. “A grande diferença entre o vira-lata e o cachorro de raça, é que você sabe o que esperar do segundo, em relação a comportamento e tamanho, por exemplo. Muitas vezes, a pessoa se anima com o filhote e quando ele cresce e fica grande demais, acaba sendo doado”. É bom sempre calcular os gastos e ser honesto consigo mesmo a respeito do encaixe do pet na rotina.
<strong>5 dicas para se ter um animal de estimação,</strong> segundo Marisa Pazos:
1) A escolha: Procure um pet que mais se adapta à sua rotina e seu temperamento. Se optar por um animal de raça, estude as suas principais características e necessidades. Para adotar, olhe com atenção para os animais adultos, que costumam ter tamanho e temperamento mais definidos. E ao contrário do que muitos pensam, eles se adaptam muito bem à nova família.
2) A alimentação: Seja ela comercial ou natural, o importante é que seja de boa qualidade e esteja adequada à fase de vida do animal e atenda suas necessidades específicas.
3) O ambiente: O piso deve ser adequado para evitar e minimizar os problemas articulares. Redes de proteção precisam ser instaladas, enquanto as plantas devem ser colocadas fora do seu alcance. Aposte em brinquedos próprios e interativos, para estimular a atividade do pet e evitar que ele busque diversão na mobília da casa.
4) Socialização: No caso dos cães, é importante instituir passeios regulares, para que haja interação com outros cães, pessoas, cheiros e sons ao redor.
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