O Parque do Martelo está para o Humaitá assim como a figueira da rua Faro está para o Jardim Botânico. A história começa nos anos 1980, quando uma construtora resolveu levantar um conjunto de edifícios numa área verde de 16 mil m² no coração do Humaitá. Um grupo de pessoas se uniu pela preservação do espaço verde e, desse esforço, foi criada a AMAH – Associação dos Moradores do Alto Humaitá, que cuida do parque e das ruas da vizinhança.

O jornalista Pedro Só frequentou muito o parque quando sua filha era pequena e, atualmente, apenas usufrui da vista e da “abençoada trilha sonora do parque, com passarinhos e um tucano que canta de galo toda manhã na árvore mais alta em frente à minha sala”.

– Entre 2005 e 2011, ali foi meu quintal. Os primeiros anos da Cecilinha tinham manhã no parque quase todo dia – conta.

Não é para menos. O local é considerado um oásis no movimentado bairro. Além da área infantil, o parque costuma ser utilizado para piqueniques (necessário fazer reserva), meditação, prática de yoga, oficinas de artes plásticas e festas juninas. Todos os equipamentos para crianças e para ginástica foram comprados pelos próprios moradores do bairro, que também arcam com a manutenção dos mesmos.

Exemplo de solidariedade e participação coletiva, o Parque do Martelo abriga também uma horta (com fins educacionais e de apoio aos moradores e escolas da região) e projetos de Educação Socioambiental e Replantio da Mata Atlântica, em parceria com o JBRJ e UniRio. Foi lá que começou e ainda funciona o Ciclo Orgânico, empresa que recolhe lixo orgânico nas residências da Zona Sul, inaugurando um novo modelo de negócios na cidade.

O Parque do Martelo abre de segunda a sexta, das 8h30 às 13h e, aos sábados, das 14h às 18h. A administração do parque instalou torneiras com sabão para lavar as mãos, álcool em gel e requer uso de máscara.

Parque do Martelo
Rua Miguel Pereira 41
Contato: (21) 97964-4542

*Por Betina Dowsley