O que seria da nossa vida se pudéssemos resolver os conflitos com mais diálogo e menos tensão? 

A mediação de conflitos nos desafia a olhar para nossas disputas de uma maneira diferente, não como batalhas a serem vencidas, mas como oportunidades de entendimento e crescimento. Ao invés de buscar culpados ou vencedores, a mediação segue pela construção de soluções colaborativas, onde todas as partes envolvidas são ouvidas e respeitadas. Nesse cenário, a advogada e mediadora Úrsula Freitas nos convida a refletir sobre como esse processo pode transformar nossas relações e até mesmo nossas vidas. Em seu livro Minha vida antes e depois da mediação, da Editora Lacre, ela compartilha sua história pessoal e profissional, revelando como a mediação se tornou um divisor de águas em sua trajetória.

A ideia do livro surgiu durante um réveillon de 2019, quando a autora compartilhou algumas de suas histórias com um amigo, o roteirista Gustavo Lipztein, que enxergou nelas o potencial para uma série. Com a chegada da pandemia, Úrsula começou a escrever e percebeu que o livro poderia ir além de um registro autobiográfico: poderia servir como apoio para pessoas que enfrentam conflitos e não sabem por onde começar a resolvê-los.

Ao longo das páginas, a autora revisita momentos marcantes de sua vida, como sua juventude, um casamento precoce e a maternidade, além do impacto emocional pela perda de seus pais.

“Aos vinte e três anos, estava grávida do primeiro homem que havia transado. Fui criada para me casar virgem e não tinha informação alguma sobre qualquer coisa relacionada a sexo. Casei em busca de fugir da minha família. E o caos continuou por treze anos, somente amenizado pelo nascimento dos meus dois filhos, João Pedro e Maria Eduarda, com quem pude construir uma família de verdade depois da minha separação. Tudo isso forjou a mulher que me tornei: uma pessoa sem preconceitos, que cultiva a empatia e que acredita que a única possibilidade de resolver conflitos é por meio do diálogo”, relembra Úrsula.

Os episódios pessoais são entrelaçados com sua jornada profissional como mediadora, profissão que a ensinou que o conflito, se bem administrado, pode ser uma oportunidade de aprendizado e crescimento. No livro, Úrsula selecionou 13 casos marcantes de sua carreira.

“Me tornei uma profissional dedicada quando descobri que havia nascido para ser mediadora.  A mediação é a possibilidade que cada um tem de definir a própria história. É um processo que ensina as pessoas a negociarem as suas diferenças. Um mediador precisa harmonizar os quereres, saber escutar, não julgar e ter a humildade de compreender que não sabe nada e que aquela história que será contada pertence às pessoas que lhe procuraram e não a ele”, explica a autora.

Na próxima sexta-feira, dia 28/3, a autora faz noite de autógrafos na Casa dos Oitis (Rua dos Oitis 51 – Gávea), a partir das 19h.

Serviço

Minha vida antes e depois da mediação
Autora: Úrsula Freitas
Editora: Lacre
Páginas: 126
Pré-venda disponível em: Editora Lacre