26 de janeiro de 2023
UMA DÉCADA DO PRIMEIRO LIVRO DE ANDRÉA PACHÁ

Esse ano o primeiro livro de crônicas de Andréa Pachá, A vida não é justa, completa dez anos. Aproveitando o marco e o desejo da autora de escrever novos textos – que dessem conta das transformações sociais, políticas, econômicas e afetivas no Brasil – uma nova edição está sendo lançada.  E assim, a obra, que já inspirou série de televisão, chega às livrarias pela Editora Intrínseca.

“Tanto as mudanças boas quanto as ruins, tanto as transformações humanas quanto as pós-humanas vieram para ficar. A fragmentação e a fragilidade das relações afetivas, em um país tão desigual quanto o Brasil, é uma realidade sem retorno. Daí é importante olhar para a realidade com coragem e curiosidade, evitando que os faróis se voltem para o passado e não projetem o futuro”, avalia Andréa.

Os textos novos são depoimentos ficcionais inéditos, que refletem as mudanças vertiginosas ocorridas na sociedade em um período curto. Algumas crônicas dão voz às mulheres, grupo que mais sofre com a escalada do ódio e da misoginia, enquanto outras falam sobre intolerância religiosa. 

A pandemia de Covid-19 influenciou Andréa a abordar as consequências do discurso de ódio que foi propagado nos últimos dois anos. Entre elas, a de Carla, que viu seu marido ser contaminado pelo negacionismo propagado nas redes sociais a ponto de não reconhecer mais a pessoa com quem se relacionava há dezenove anos. A mudança foi progressiva e culminou com a compra de uma arma, o que foi a gota d’água para a inevitável separação. Estava em jogo a guarda compartilhada do filho com o pai, que se recusava a tomar a vacina e usar máscara.

Como uma espectadora privilegiada, Andréa Pachá presidiu milhares de audiências que envolviam divórcio, pensão alimentícia, guarda e partilha de bens. Depois de todos esses anos de reflexões e histórias, a magistrada oferece um conjunto de crônicas que trazem toda a diversidade das experiências humanas quando o assunto é família.

Sobre a autora

Andréa Pachá é juíza, formada em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Antes de ingressar na magistratura, participou de um grupo de dramaturgia e trabalhou com cinema e teatro com nomes como Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho e Rubens Correa. Depois de quase vinte anos à frente de uma Vara de Família, Andréa atua na Vara de Sucessões. Foi membro do Conselho Nacional de Justiça, vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros e coautora da Cartilha da Nova Lei de Adoção e Pela simplificação da linguagem jurídica. Pela sua atuação no CNJ, recebeu em 2010 o Diploma Bertha Lutz. Possui artigos publicados em jornais de circulação nacional e revistas especializadas. Além de A vida não é justa, é autora de Velhos são os outros e Segredo de Justiça.

A VIDA NÃO É JUSTA: EDIÇÃO COMEMORATIVA DE 10 ANOS
ANDRÉA PACHÁ
EDITORA INTRÍNSECA

224 PÁGINAS
LIVRO IMPRESSO: R$ 59,90
E-BOOK: R$ 39,90

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