Quem mora entre o Jardim Botânico e a Gávea está acostumado a olhar para Jockey Club Brasileiro como o espaço de shows, grandes eventos, corridas, jogadores viciados, restaurantes refinados e de barulho (causado pelos grandes eventos). Mas dentro dos 640 mil metros quadrados do Hipódromo da Gávea – que em termos de área, corresponde a um pouco mais do que o bairro do Leblon – há um outro Jockey, de ruas tranquilas e silenciosas, onde vivem famílias que seguem a profissão de seus pais e avós. Ali nas vilas hípicas, do outro lado do prado, circulam mais de três mil pessoas entre moradores, treinadores, cavalariços, proprietários de animais e prestadores de serviços. Uma turma que nasceu e vive para o Jockey e para o que ele tem de melhor: os cavalos.
Para este público, o Jockey é uma indústria que movimenta muito dinheiro e trabalho. E nesta semana que antecede o Grande Prêmio Brasil, a mais importante competição do turfe brasileiro, o esforço é dobrado, pois todos os holofotes estão virados para o prado e para quem produz este show do hipismo nacional. É o momento de exibir seu animal mais bonito, de encontrar com proprietários de cavalos e de fazer negócio. Um trabalho coletivo, no qual cada um tem sua importância e que começa quando o dia ainda não clareou.
A partir das 4h da matina, começa o movimento dos cavalos seguindo para o Peão no Prado, considerado o coração do hipódromo e onde as equipes se concentram para começar os treinos. Ali fica a entrada da raia, a piscina onde os cavalos fazem exercícios e as duchas para o banho. Na supervisão da pista está Audálio Machado, mais conhecido como Machadinho, com 48 anos de JCB. Entre as suas tarefas, ele é responsável pela prevenção de acidentes e por checar os refletores assim que chega no Jockey, além de fazer vistoria no equipamento de proteção individual dos jóqueis, que só podem montar com o capacete fechado: “Aqui as regras são importantes e devem ser cumpridas para não gerar multa”, afirma ele, que, atualmente, mora no Rio Comprido e encerra seu expediente às 13h. “Morei aqui por muito tempo. É um ambiente maravilhoso para se viver. Uma rotina saudável”, afirma.
Ana Maria C. Aleksandrowicz
no 26 de junho de 2022 a partir do 09:48
Adorei a matéria. Costumava dar uma passeadinha pela vila quando ia comprar remédio na farmácia do Jockey para os cavalos que tinha no antigo clube Floresta. Bom saber que a alma do local continua a mesma . Relevante também para os que amam bichos e querem ensinar aos filhos os necessários cuidados a se ter com os animais. Parabéns pela reportagem.
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Adorei a matéria. Costumava dar uma passeadinha pela vila quando ia comprar remédio na farmácia do Jockey para os cavalos que tinha no antigo clube Floresta. Bom saber que a alma do local continua a mesma . Relevante também para os que amam bichos e querem ensinar aos filhos os necessários cuidados a se ter com os animais. Parabéns pela reportagem.
Muito boa matéria. Pra quem passa por ali não imagina todos esses detalhes.
Matéria excelente. Mostrando exatamente como é a vida destes profissionais. Muito trabalho mas também muito amor pelos animais. Parabéns a todos!!!