Quando jovem, Priscila Chagas já era ligada no audiovisual, filmando e registrando alguns momentos. Ela seguiu seus instintos e acabou cursando Comunicação na Escola de Comunicação da UFRJ. Como nada é por acaso, ela estava programada para começar um trabalho em comunicação interna quando surgiu a oportunidade de fazer um estágio no programa Passaporte SporTv, na Globosat. E assim o destino de Priscila mudou. Como a previsão do tempo, que ela anuncia diariamente na primeira e segunda edição do RJTV.
Mas até chegar à sua atual função no jornalismo da Globo, muitas águas (e matérias) rolaram na carreira desta jovem de 34 anos. Depois do primeiro estúdio de TV, nas Olimpíadas de 2012, Priscila decidiu sair da sua zona de conforto e aceitou trabalhar na TV RioSul, afiliada da emissora em Volta Redonda, que lhe deu a experiência de rua. Cobrindo a Flip (Feira Literária de Paraty), começou a imprimir o seu estilo e acabou voltando para cobrir férias no Bom Dia Rio, ao lado do Flávio Fachel, seu companheiro de bancada.
– O Fachel me ajudou muito no começo, e a gente imprimiu um jeito muito espontâneo no estúdio. Ao longo do trabalho, a gente vai criando uma maneira de se apresentar e o público hoje, gosta desta informalidade.
Com o colega de TV Flávio Fachel
A informalidade, quem diria, foi parar na previsão do tempo do RJTV. Hoje, o estilo de Priscila faz sucesso, especialmente quando avisa, por exemplo, “que é bom não colocar roupa na máquina, porque vai chover”. Mas a popularidade trouxe também uma cobrança do público, que ela acha natural, já que o tempo pauta a roupa e até o programa que vai ser feito.
– As pessoas me param na rua e reclamam quando a previsão não acerta. E isso vai desde um desconhecido ao coleguinha que entra no elevador da TV e manda “Você disse que não ia chover e eu deixei a roupa no varal” – conta a jornalista.
Ela já está acostumada, mas fica frustrada quando o erro acontece, porque abala a confiança com o público: “Uma coisa é quando realmente o tempo muda, porque faz parte da natureza, outra coisa é quando existe realmente um erro de informação ou de cálculo”.
E para estar bem segura da informação que passa, Priscila conta com o auxílio de um meteorologista do Climatempo dentro da emissora, que faz uma consultoria para o Bom Dia Rio e o RJTV1. Mas, na parte da tarde, ela conta também com outras fontes, como Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Centro de Operações da Prefeitura, além das informações que recebe da Marinha.
Carioca de nascença, Priscila atualmente reside em Jacarepaguá e seu dia começa cedo, quando faz musculação perto de casa, passeia com sua cadela Flicka e medita. Depois parte para a emissora, onde costuma chegar por volta das 10h30, saindo por volta das 20h. Por conta disso, busca resolver a vida no entorno do Jardim Botânico, como farmácia, supermercado e Casas Pedro, onde compra linhaça e chia. Ela espera ansiosamente a abertura da nova loja do Mundo Verde, próximo à Lopes Quintas. “É muito bom ter todo este verde em volta no Jardim Botânico. Quando tenho tempo, vou para o terraço da emissora e vejo o parque do alto, aquela floresta toda a perder de vista. Faz um bem! O único problema é quando chove”, brinca a moça do tempo.
Com a cadela Flicka,
Vegana de carteirinha, ela não usa roupas de couro, optando sempre pelo algodão e até os médicos são escolhidos seguindo uma linha mais saudável. Como a doutora Patrícia Silveira, da clínica Derma Green, que atende no Humaitá. Aliás, o gatilho de mudar sua alimentação veio com a adoção da cachorrinha vira-lata. “Algumas chaves começaram a virar na minha cabeça. Não fazia sentido ter aquele bichinho que não faz mal a ninguém em casa e estar matando para comer um animal que sente a mesma coisa”, explica ela, que costuma trazer comida de casa e tem restaurante favorito o Prana, no bairro.
– Se tivesse condições, comeria todo dia lá. A primeira vez que fui eu ainda era ovolactovegetariana, só não comia carne, e adorei não precisar ficar escolhendo o que ia comer – confessa.
Priscila vai aproveitar as festas de fim de ano para tirar férias, mas, antes disso, já teve algumas reuniões com o Climatempo, para se preparar para o verão. Ela adianta que a estação vai ser menos quente e mais chuvosa do que nos anos anteriores. “Significa que vamos ter máxima de 36ºC, vai ter dias de muito calor, mas a média vai ser mais baixa. É uma boa notícia ter mais chuva do que o esperado, porque a gente está entrando dezembro com o nível dos reservatórios bem mais confortável do que nos dois últimos anos, depois de ter vivido, este ano, a maior crise hídrica dos últimos 90 anos”, prevê.
*Texto: Christina Martins
0 comentários