O sofisticado bairro da Gávea ainda guarda segredos e lições de humildade em suas ruas e ladeiras, como o Mosteiro das Clarissas. Construído há quase de 90 anos e escondido no alto da rua Jequitibá, na fronteira entre a Gávea e o Jardim Botânico, o local abriga as religiosas comandadas pela Abadessa Madre Maria Helena da Santa Cruz, que vivem uma vida contemplativa, cultivando o espírito de oração, simplicidade e pobreza por amor a Jesus Cristo, conforme os ensinamentos de seus fundadores.
As irmãs Clarissas foram as primeiras religiosas a se estabelecerem no Brasil, a pedido de políticos e nobres da Bahia, no século XVII. Treze anos após perseguição religiosa clandestina, movida pelo governo, que fechou os noviciados em todo o território nacional em 1915, a Ordem da Santa Clara no Brasil foi restaurada com a chegada de oito religiosas de Düsseldorf, na Alemanha. O primeiro endereço das irmãs Clarissas no Rio de Janeiro foi uma pequena casa, no Leblon.
A pedra fundamental do Mosteiro Nossa Senhora dos Anjos de Porciúncula (nome oficial da abadia) no atual endereço foi abençoada em 2 de julho de 1931. A primeira missa da capela foi celebrada em 19 de março do ano seguinte. Graças a generosos benfeitores, o restante da obra foi concluído rapidamente, e o Cardeal Dom Sebastião Leme fechou definitivamente a clausura papal do mosteiro em 25 de setembro de 1932.
A fim de divulgar datas e ações importantes à Ordem, as irmãs Clarissas aderiram às redes sociais e criaram páginas no Facebook e no Instagram, antes mesmo da pandemia se instalar. Nestes novos tempos virtuais, os perfis têm servido também para, ocasionalmente, promover lives e transmitir missas.
Mosteiro das Clarissas
Rua Jequitibá 41 – Gávea
Contato: 2274-3147 / irmasclarissas@gmail.com
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