Representantes das Associações de Moradores do Horto e do Jardim Botânico, além de residentes da região se reuniram no segunda-feira com Tainá de Paula, vereadora pelo PT e Secretária Municipal de Ambiente e Clima (SMAC), para conversar sobre a obra do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que está tirando o sono da vizinhança no entorno das ruas Barão de Oliveira Castro e Marquês de Sabará. O motivo é a obra para construção do novo campos da instituição, com 129 quartos no terreno de 250 mil metros quadrados. A obra está causando um impacto ambiental na região, especialmente depois da derrubada de 459 árvores
A Presidente da Associação Amigos da Barão e da Marquês (ABAMA), Ana Soter abriu a reunião fazendo um resumo sobre as consequências da obra no entorno, desde o seu início, em 2019, e sobre o tratamento que tem sido dado aos moradores pela construtora Seel e pelo IMPA. Na opinião de Ana – que buscou, sem sucesso, contato com representantes da Prefeitura nos dois últimos anos -, a reunião foi positiva.
– Esta guerra é feita de muitas batalhas e não está no fim. Mas o caminho do diálogo é sempre positivo! Foi bom fazer este relato para um representante do Município pela primeira vez depois de anos de luta. – afirmou a moradora.
Fábio Dutra, da AMAHOR concorda. “A reunião foi proveitosa, embora o ideal seria a Secretária embargar a obra, mas entendo que atualmente ela tem que seguir a postura do governo que ela está compondo. O poder público tem que ouvir mais a população e esta questão do meio ambiente não é apenas do Horto, este desmatamento vai contra tudo que está sendo dito, especialmente pelo novo governo”. Na opinião de Vera Maurity, representante da AMAJB, as colocações dos presentes foram bem pertinentes e a explanação da Tainá, bem objetiva e propositiva. “O encontro possibilitou uma saudável aproximação entre as Associações envolvidas, o que é ideal, já todos nós lutando pelo mesmo objetivo: a preservação do bairro e a defesa dos direitos de seus moradores”, concluiu ela que depois seguiu com Ana Soter e Gilson Koatz (também da AMAJB) para ver a situação atual da rua Barão de Oliveira Castro.
Tainá ouviu diversos relatos ao longo de duas horas de conversa e se mostrou ciente sobre a necessidade de olhar com atenção para a crise ambiental que está acontecendo no Horto Como a obra está às vésperas de começar sua terceira fase, a de superestrutura, ela acha difícil conseguir o embargo, mas vai tomar algumas medidas. Uma de suas primeiras ações será questionar sobre o remanejo da fauna e da flora local, bem como o descartes dos resíduos sólidos. E já acenou com uma reunião daqui a 30 dias para dar um retorno sobre estas ações.
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