12 de abril de 2024
OS MUITOS PROJETOS DE RODRIGO SANTOS

Todo músico tem aquele sonho secreto de gravar em um estúdio icônico, por onde algum dos seus ídolos já passou.  Com mais de 40 anos de carreira, o baixista Rodrigo Santos realizou o dele, junto com o s amigos – e igualmente músicos – Nani Dias (baterista) e Ricardo Palmeira.  O trio retomou o grupo Front e criou um projeto para gravar cinco álbuns e clipes em famosos estúdios do mundo. A ideia surgiu no lendário Abbey Road, em Londres, quando Rodrigo e Nani viajaram para gravar com outro grupo, Os Britos.  A viagem acabou inspirando e despertando a vontade de se aventurar pelos estúdios icônicos da Europa, por onde passaram David Bowie, U2, Rolling Stones, Elton John, Madonna e The Police,entre outros astros internacionais. 

– O Front completou 40 anos em 2023. Quando voltamos da Inglaterra, este projeto nem passava pela nossa cabeça. O Nani tinha feito um single e eu, um hip-hop, e quando nos reunimos, lembramos como nossos vocais casavam bem e decidimos chamar o Ricardo e reunir a banda novamente. – recorda o baixista.

Os dois primeiros álbuns (Tempo/Espazo Espazo/Tempo),foram gravados no Brasil, no conceituado Mega Estúdio, no Rio de Janeiro. Já o terceiro álbum (The Hansa Álbum), foi em Berlim e eles tiraram onda como os primeiros brasileiros a gravar no mesmo  local em que David Bowie e U2, entre outros, deixaram sua marca.

Rodrigo, Nani e Ricardo no mesmo estúdio onde o U2 gravou  

– Foi uma viagem muito especial. Estar ali, com seus parceiros e sua família, fazendo o registro da sua obra, prestes a completar 60 anos. Pensei….esta é a vida que eu quis”, confessa Rodrigo, lembrando da frase da música “Pro Dia Nascer Feliz”,eternizada pelo seu antigo grupo, o Barão Vermelho. 

Gravado em fevereiro deste ano no Wisseloord Studio, em Hilversum, Holanda, o quarto álbum (XXX DUTCH) e o clipe Europa, chegaram às plataformas digitais no dia 5 de abril,  aniversário de Rodrigo. Toda a pré-produção, produção,filmagem, gravação e mixagem dos álbuns foi feita pelo trio, que contou também com a ajuda dos familiares na produção de conteúdo digital, fotografia, backing vocal e guitarra em algumas faixas. A filmagem e edição dos clipes ficou a cargo de Pedro Paulo Carneiro.

O baixista e a mulher, Patrícia, na Holanda

Da forte inspiração eletrônica do Hansa, em Berlim, ao ambiente acalorado de Wiseloord na Holanda, cada álbum se moldou ao estúdio em que foi gravado. O mais recente lançamento do grupo ainda contou com um ingrediente especial, foi produzido no mesmo local em que a banda The Police, ídolos de Rodrigo, fizeram seu terceiro álbum. O amor do baixista pela banda britânica é tão grande que rendeu um projeto separado, o Call The Police, um tributo que conta com a presença do guitarrista Andy Summer, integrante do grupo original, em algumas apresentações, a partir de agosto.

Satisfeito com o resultado do projeto, o trio embarcou no primeiro final de semana de abril para gravar o quinto álbum e seu respectivo clipe, no Metropolis Studios, por onde passaram Amy Winehouse e Foo Fighters, entre outros. O novo trabalho ainda não tem título definido e a previsão de lançamento é maio. 

Rodrigo e o

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The Police no Wisseloord Studio

E engana-se quem pensa que Rodrigo vai descansar depois desta maratona musical.  Assim que voltar, ele começa a produção do lançamento deste novo trabalho e a preparar alguns shows, antes de embarcar no projeto Call the Police. Em outubro o Front volta a se reunir e embarca para gravar um novo álbum na Europa. Sem falar dos shows da sua carreira solo.

Desde que assumiu os rumos da sua carreira, Rodrigo transborda energia e assume outras funções além do papel de músico. Ele também faz as vezes de diretor de marketing, produtor e até roteirista.  Há 19 anos ele deixou as drogas de lado e não teve uma recaída. Confessa que sua vida é mais ativa e se mostra sempre disponível para ajudar. Seja alguém que deseja largar o consumo de substâncias, ou participando de palestras em escolas para contar sua experiência. 

-Eu poderia ter morrido. Não nego a diversão que tive no passado, isso é hipocrisia. Foi bom, teve o seu tempo, parei e no meu processo de desintoxicação, nunca parei de fazer shows e encontrar os amigos. Fui coordenador na clínica que me ajudou e me tornei uma referência, justamente por não ter cedido à tentação. 

Para o futuro, Rodrigo quer seguir nesta linha de projetos, realizando alguns sonhos. “Viajar com a família e amigos, gravar discos, fazer shows, compor. Esse projeto com o Front é especial porque está nos levando ao berço do rock em todos os lugares do mundo. E ainda nos dá a oportunidade de apresentar estes estúdios.  Essa é a vida que eu quis! – repete Rodrigo, usando a frase da música do Barão como mantra.

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