Com o crescimento da população de capivaras na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, aumentam os relatos de pessoas atacadas pelos animais silvestres, que circulam livremente. Na maior parte das vezes, os ataques ocorrem com quem está passeando com seus cães, mas há casos também de pessoas que se aproximaram demais, em busca de um close dos animais, estressando os bichos. Roched Seba, do Instituto Vida Livre, acha pouco provável que as capivaras corram atrás das pessoas que estão passando: “Esse não é o comportamento natural das capivaras. Isso pode acontecer quando elas se sentem ameaçadas, seja pela presença de outro animal (como cachorros) em seu habitat natural, seja pelas próprias pessoas, que se aproximam delas ou de seus filhotes. O erro está nas pessoas desrespeitarem o território das capivaras. Se elas atacam, é para se defenderem”, avalia.

Placas avisando sobre a presença e travessia de capivaras já haviam sidas instaladas em vários pontos da Lagoa, mas uma medida mais radical foi implantada na última quinta-feira, dia 31 de março. Os trechos próximos ao heliponto e ao Corte de Cantagalo, onde elas costumam ficar mais visíveis, foi cercado, isolando a ciclovia do espelho d’água a fim de evitar a aproximação das pessoas. Sempre que houver risco para a população ou para os animais, é recomendado pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ou à Patrulha Ambiental do município, por meio do serviço 1746.