Para a turma ligada nos astros, ano novo é sinônimo de mapa astral, tarô e previsões – de preferência boas -, para os próximos 365 dias que seguem.  Época das agendas dos astrólogos lotarem. Ao ponto destes profissionais não terem tempo sequer de comemorar o seu dia, em 6 de janeiro. O Dia de Reis não foi escolhido por acaso, afinal os magos da Antiguidade eram os grandes sábios, que estudavam astrologia e astronomia, sempre prontos a ver nas estrelas o melhor dia para começar uma colheita ou uma guerra. Muitas vezes eram chamados de sacerdotes ou conselheiros espirituais.

Foi o historiador Alexander Gurshtein que datou o primeiro Zodíaco sistematizado já em doze signos à seis ou cinco mil antes de Cristo, de origem em Mohenjo Daro e na Suméria. Antes, Zodíacos de 8 signos também já podiam ser vistos. De lá para cá, a astrologia evoluiu muito e está cada vez mais popular. Se antes ela era associada às pessoas mais esotéricas, hoje muita gente tem um mapa astral para chamar de seu, enquanto outros não tomam grandes decisões sem consultar seu astrólogo e tarólogo. 

E virou evento também. No último dia 10 de janeiro, o Club Manouche promoveu a segunda edição do encontro “Assim na Terra como no céu: prazer, 2024″, com os astrólogos Dimitri Camiloto, Lygia Franklin, Maína Mello, Patrícia Messina e Sérgio Seixas.Durante duas horas, eles falaram, para uma casa lotada, das previsões para o novo ano, que na astrologia, começa no início do outono, entre 20 e 21 de março, quando o Sol completa sua volta pelos 12 signos e chega novamente ao signo de Áries.  Um dos assuntos mais comentados foi a entrada de Plutão em Aquário, dia 20 de janeiro, depois de uma breve passagem por Capricórnio.

Sociólogo por formação e hoje um dos astrólogos mais respeitados do Rio de Janeiro e também terapeuta de Alinhamento Energético/Fogo Sagrado, Dimitri Camiloto, que estava no grupo,  acredita que o primeiro semestre de 2024 vai ser muito produtivo para quem realmente investir neste período. É tempo de unir forças e trabalhar o coletivo, principalmente quando o assunto é meio ambiente. “Ou a gente se une para lidar com os graves problemas ecológicos que o mundo está vivendo ou vamos ter uma queda muito grande na nossa qualidade de vida, agravando as mazelas que já sofremos.  – afirma o astrólogo que acredita que neste momento vai emergir, lentamente, uma nova consciência de consumo. 

2024 para Dimitri:  “Juntos podemos tudo”

Outro ponto de 2024 será o crescimento da tecnologia. “A Inteligência Artificial vai ditar o futuro, para o bem e para o mal.  Precisamos estar atentos”,  diz ele que faz análises diárias em suas redes no Instagram, Facebook e X (o antigo twitter). “Estou ligado nas redes e no que vier. É um canal importante de divulgação de ideias.  Só não tenho jeito com o TikTok”, brinca. 

Para Dimitri, a astrologia cresceu muito nos últimos 60 anos e tem a ver com o fenômeno new age. O movimento se espalhou por comunidades religiosas nas décadas de 1970, que começaram, por conta própria, a resolver a sua espiritualidade e buscar novos caminhos.  “A astrologia está ligada ao autoconhecimento, um processo terapêutico  que busca lidar com a pressão da realidade buscando caminhos na psicologia e na psicanálise”. – explica ele, que confessa não acreditar que o futuro está escrito.  

Depois de comemorar o dia do Astrólogo promovendo a live Almanaque 2024, um encontro on-line em que apresentou o novo ano em detalhes astrológicos, Dimitri já tem agendado um novo evento: dia 16 de janeiro, às 20h, ele vai, como define, “mergulhar no ingresso de Plutão em Aquário junto ao sol e no casamento de Vênus e Marte, com o próprio Plutão“.  A aula será  via zoom, indicada para quem quiser analisar os ciclos lunares de Capricórnio e Aquário.  A inscrição pode ser feita no perfil do astrólogo. 

Em seus estudos, ele vê a transição do elemento terra para o elemento ar. Isso tem a ver com a Era de Aquário e acredita que o paradigma materialista vai ter que ceder para uma visão comunitária. E encerra com uma frase que ele espera ouvir bastante em 2024: “Juntos podemos tudo!” 

A história de Clarissa Freire, mais conhecida como Kika,  com a astrologia começou aos sete anos de idade. Morando em São Paulo, seu pai a levou para fazer uma aula de astronomia no Planetário da cidade e foi amor ao primeiro astro.  Aos poucos  Kika foi tomando conhecimento do universo e aos 13 anos começou a fazer consulta por conta própria para as amigas.  “Nasci dia 24 de fevereiro, sou Peixes, com ascendente em Câncer e lua em Libra. E tenho Júpiter na Casa 3 e Saturno na 9, o que significa que não faço nada sem estar bem informada”,  brinca a astróloga, que fez curso de  formação com a bamba Claudia Lisboa. 

2024 para Kika: “Quanto mais você resistir, mais dolorosa vai ser a transformação”

Mas só depois de experimentar o teatro e a dança e se tornar diretora teatral que Kika, decidiu, há cinco anos, se dedicar totalmente à astrologia. Atualmente ela atende mais on-line, uma média de três pessoas diariamente, o que permite fazer as consultas de mapa e tarô em qualquer lugar do planeta. 

Para ela, a popularização desta ciência é cíclica, vai e volta, mas também acredita que a internet ajudou a pulverizar este conhecimento.  Para 2024, ela vê a entrada de Plutão em Aquário como um movimento muito lento. “Imagino o planeta como a lava de um vulcão, que vai mexendo bem lentamente e muda tudo por onde passa. Não é alguém que vem fazer carinho, ele vem pra mudar”, aposta. 

– Além de Plutão, a gente tem Júpiter com Urano em Touro, em que Urano chega rompendo com padrões antigos da matéria. Acredito em alguns rompimentos de forças que estão há muito tempo ditando regras, quase retrógradas e trazendo uma grande transformação para o coletivo.  É um ano para estruturar relacionamentos, amores.  Tem coisa que precisa chegar ao fim para se renovar. – afirma ela que vê Urano como uma ventania e completa: “Ele traz o inesperado. Ele chega te jogando no buraco da Alice no País das Maravilhas e quando você percebe, está do lado do chapeleiro”, brinca, para encerrar com a frase:  “Quanto mais você resistir, mais dolorosa vai ser a transformação”

 

Mas nem tudo se resume aos mapas e Adriana Kastrup sabe bem disso. Há 40 anos ela joga tarô e estuda o céu mundial. “O que acontece lá em cima, acontece aqui embaixo”,  profetiza.

Para ela, 2024 vai ser o ano do RE, de reviver, revistar, resgatar, refazer, reorganizar. É a oportunidade de viver o que não viveu ou que deixou pelo meio, de rever, são aquelas propostas que não teve retorno. E vale para tudo: conversas difíceis, relacionamentos. “O momento vai possibilitar fazer de outro jeito, melhor. 

2024 para Adriana: “Um ano de segundas chances.” 

Em seus estudos, Adriana vê também a força da Inteligência Artificial e do Ensino a distância, que chega forte este ano e, assim como Dimitri e Kika, alerta que o primeiro semestre vai ser mais produtivo, bom para o mundo. “É bom ir com calma. As pessoas podem se animar e fazer dívidas e se surpreender quando setembro chegar, tem que ir com calma. Ainda vivemos os reflexos da pandemia, que foi muito dura, mesmo para quem não perdeu nada”, avisa.

A taróloga, que continua atendendo, no mesmo ritmo, presencialmente e on-line, está otimista com 2024 e acredita que vai ser um ano para fazer do velho, o novo, com soluções alternativas e destaca três períodos que serão frutíferos: 6/2, 20/7 e 27/10. E conclui: “Vai ser um ano de segundas chances, no bom sentido. 

CONTATO:

Dimitri Camiloto –  21 99230-9776

Kika Freire –  21 99971-7364

Adriana Kastrup – 21 99995-9491