28 de julho de 2023

A BOA DO CAFÉ DA MANHÃ NO JB

Muito já se cantou e recitou sobre o café da manhã, mas não há quem chegue a uma unanimidade sobre a primeira refeição do dia. Nem os médicos, já que entre as últimas novidades da medicina, existe uma corrente que por conta do jejum intermitente, não aconselha uma alimentação pesada logo pela manhã. Para a nutricionista Monique Annes, esta questão está ligada ao bom senso. “Algumas pessoas que praticam o jejum intermitente optam por pular o café da manhã e começar a comer durante o período de alimentação mais tarde no dia, e outras pessoas podem encontrar benefícios em tomar um café da manhã saudável antes de iniciar o período de jejum. Isso varia conforme o protocolo de jejum que está sendo seguido e das necessidades individuais de cada pessoa”, afirma a médica.

Noel Rosa já cantava “Seu garçom faça o favor de me trazer depressa, uma boa média que não seja requentada”. Em 1953, a composição ”Conversa de Botequim” resumia bem o que era o tradicional café da manhã da época, que se mantém vivo até hoje, independente das dezenas de sugestões no cardápio. Por conta da sua extensão territorial, o Brasil oferece uma variedade enorme de desjejum e cada estado tem a sua média, por assim dizer. Se no Nordeste, a tapioca e o açaí dominam, no Sudeste, a preferência é pelo pão na chapa.

Patrícia e Luize curtem experimentar o desjejum pelo bairro

A gerente de TI, Patrícia Valente, gosta de tomar o desjejum na rua e está sempre atrás de novidades pelo bairro, mas é exigente. “Para mim, o café é o mais importante de média e ele tem que estar quente e coado, acompanhado do pão. E do jeito que eu gosto, só no Jóia.”, explica a moradora. A irmã, Luize, costuma acompanhar mas seu foco é o pão na chapa e, por conta disso, suas preferências são a padaria Grano Farina e a Panificação Lagoa, onde se reúne após o treino de canoa havaiana do Vasco.

– Eu adoro pão na chapa, é o mais importante do café da manhã, tanto que eu peço logo dois. Se pudesse escolher, diria que o melhor é o da padaria Lagoa, seguido pelo da Grano e Farina e pelo Jóia. E olha que o do bar é diferente porque apesar de ser chamado de pão na chapa, é feito no forno”, brinca a escritora.

O trio campeão de vendas da Grano e Farina

Pesquisa realizada nas redes sociais pelo JB em Folhas elegeu o pão do Grano e Farina como o melhor. A informação deixou o gerente Marcos Sousa feliz, mas não surpreso. Segundo ele, a procura é grande. “No café, sai de tudo um pouco, mas nada se iguala ao expresso duplo, o suco de laranja e o pão na chapa. Este trio é campeão de pedidos”, afirma o gerente Marcos Souza.

Henri e seus croissants

Um dos primeiros lugares do bairro a trabalhar com foco nos pães foi o La Bicyclette. Localizado há 13 anos na rua Von Martius, o espaço começa com o café da manhã, que pode virar brunch e finalizar com uma ceia. À frente do negócio estão Henri Forcellino e sua mulher, Ana Paula Gentil, que começaram a circular de bicicleta para vender croissants e outros pães pela zona sul carioca. Hoje o chef francês comanda uma equipe e está à espera do enteado, que vai ajudá-lo no comando. Henri não sabe precisar quantos pães a casa oferece, mas em um conta rápida, acredita que tenha em torno de 25 itens, onde o carro-chefe é o croissant, acompanhado pelas toasts de fermentação natural. Uma das adaptações que teve que fazer no cardápio foi com o pão na chapa, que não existe na França. “Depois de muitos pedidos, criamos uma opção, com duas fatias da nossa baguete, que é bem servida e faz sucesso”, conta dele, confessando que “abrasileirou” o seu gosto e hoje tem como pedido favorito o pão na chapa com uma xícara de café.

O pão na chapa de sourdough do Café Carol

O potencial guloso do bairro para a primeira refeição do dia vem chamando a atenção dos concorrentes, como o Café da Carol, que abriu recentemente na rua Frei Leandro. A casa também oferece café e brunch o dia todo, mas pão na chapa ali, só de fermentação natural, no famoso sourdough. “Temos várias opções de combinados e sanduíches abertos. Entre os pedidos com mais saída até agora estão o brioche toast e o croque madame”, afirma Tico Ramalho, gerente da casa.

O chef Edson do Bibi e as várias opções para o café

Desde 1993 no Jardim Botânico, o Bibi Sucos sempre teve opções para o café da manhã, mas só recentemente assumiu a refeição em seu cardápio, apostando em toasts com ovo e abacate. “A gente está sempre atento às novas demandas dos clientes e já tínhamos uma opção de café da manhã em que o cliente, a partir de uma lista com vários produtos, escolhia cinco, sete ou dez itens e agora, decidimos oferecer novas opções, como omelete, e as toasts, que são um pão mais saudável”, afirma Beto , um dos sócios da rede. Além das toasts – que chegaram para ficar em versões com cogumelos e geléia de amora com creamcheese, chamam a atenção os waffles de massa tradicional e de queijo canastra e as panquecas americanas. Para Edson Roberto da Silva, que comanda a cozinha da filial do JB há oito anos, a variedade dos pedidos é grande, mas o pão na chapa tem sempre o seu lugar de destaque, junto com outra novidade, que é o café coado, servido diretamente na mesa.

Vicente virou freguês do café do Mercadin

De olho neste movimento comercial diurno, o Mercado Afonso Celso investiu, há três meses, no café da manhã e oferece ovos, café expresso, açaí e… pão na chapa, é claro. O produtor de cinema, Vicente Salgado, reside no prédio em cima do supermercado e gostou da novidade. “Por conta do meu trabalho, costumo fazer as refeições na rua. Agora com o Mercadin, é só descer a escada”, brinca ele.

Bibi Sucos

Rua Jardim Botânico 632 | loja A

Tel: 21.3874-4000

Diariamente, de 8h30 às 23h30

Café da Carol

Rua Custódio Serrão 62

WhatsApp: 21.99374-6517

De terça a sexta, de 7h30 às 19h30

Sábado e domingo, de 8h às 19h30

Grano e Farina

Rua Jardim Botânico 612

Segunda a sábado: 7h às 20h